sábado, 29 de maio de 2010

Resposta do Canalha Junior ao Canalha Tony

CANALHA JUNIOR
Companheiro e canalha Tony concordo, afirmo e não refuto tais afirmativas. Mas pensando na canalha como uma entidade anarco-libertária ludico etílica, que foi filosoficamente aclamada em fevereiro de 1996 por conta de uma circunstância especial de destino, considero que não há tal reclamação de apatia do momento histórico em um grupo apartidário. Há dez anos viviamos as ressonâncias do fim do socialismo real, com aqueles discursos de "fim da História"; do pós modernismo; do epcentro das políticas neoliberais no Brasil e da efervescência dos conflitos agrários em nosso país. Tal situação possibilitou uma euforia utópica em nossos corações, e munidos deste entusiasmo pretendemos reagir as estruturas da voraz sociedade capitalista, não de forma classica, mas de forma comportamental, clandestina, e para alguns até mesmo boba. Porém, a resistência pela espontaneidade às instituições estabelecidas foi objeto central nas metas da canalha "a vil ralé que cospe no chão" e por isso não titubeou em se pulverizar nos diversos seguimentos sociais atravez de um mimetismo abrangente que deixa transparecer uma não ação de um grupo de acadêmicos ociosos.Portanto, a retórica que se faz neste momento, 16 anos depois da queda do muro de Berlim, quando várias esperanças também cairam, e dez anos após nossas embrionárias reuniões, é a de um socialismo cristão ao modelo chavista, ou a de um "mundo sem fronteiras" no desejo da TIM, ou mesmo, aos modelos de alternativa não alternativas no que tange as críticas ao atual governo, possibilitando um mosáico de interpretações e decisões que deixam qualquer analista sem direção. A Canalha é muito maior e muito mais forte que essas tacanhas circunstancias taltológicas da conjuntura política nacional e internacional; a Canalha é o berço da sociedade do terceiro milenio, nem direita nem esquerda, nem teológica nem pagã, nem homo nem hetero ela é aquilo o que aparenta ser, apresentando a herança dos cínicos da Grécia clássica que cagavam na rua não ligando para as convenções.
Sem mais companheiro, que ocupa a cadeira de número quatro da canalha (pois a primeira é uma homenagem a canalha dos séculos passados; a segunda era do Wanderley, depois substituida por mim; e a terceira do lendário Adalto), desejo-te força esperança e tato para propormos um modelo especifico de vivência humana através da Canalha. Agradecido.

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